Complicações domésticas

Às 06:30 da manhã:
- Paty, preciso conversar com você.
Eu simplesmente tenho aversão a essa frase. Ela nunca vem acompanhada de algo bom...E para quê a introdução? É melhor já chegar falando e não dizer que vai falar...
- Diga Jane.
- Olha , eu gosto muito de vocês, mas não vou ficar mais.
Essa frase ecoou como uma bomba. A melhor babá que tive, está me dizendo que vai embora...Como assim?
Depois de 07 (isso mesmo, sete babás) encontro uma que assim como todos nós não é perfeita mas, dava conta de tudo e cuidava muito bem do meu filho.
- O que aconteceu?
- ... (explicações e explicações). Mas não se preocupe, que fico até o dia 10/07 para dar tempo de você encontrar outra pessoa.

Hãn? Eu, encontrar outra pessoa? Recomeçar a entrevistar, treinar, etc,etc, me dá azia e dor de cabeça. (Alguém tem um analgésico aí?)

Fui trabalhar triste e pensando numa solução para um problema que muito maior que só isso.
Quando cheguei, dividi minha angústia com Mari e Lu. Por uns 2 minutos chorei e ... pronto! Achei a solução. Não me permito sofrer um dia inteiro e logo acabo achando uma saída. Em 15 minutos decidi colocá-lo em uma escolinha tempo integral, revi meus horário do inglês, tô providenciando visita às escolas e chega de dor de cabeça. (Mas, alguém ainda tem um analgésico aí?)

Dessa solução vejos vários pontos positivos: ele vai se desenvolver bastante, interagir com outras crianças, ter acompanhamento pedagógico, atividades de lazer e vários "olhos olhando".

Os negativos? Deixa pra lá. Quem tem filho, tem que se resolver, não é? E não vou ficar reclamando de nada não. Bem certeza, vou ter menos vida que já tenho mas terei paz de espírito e isso é o que importa...

Obs. A ilustração é de Céo do Frases Ilustradas.