Engravidei aos 26 anos, na primeira vez em que me relacionei com o pai do meu filho (após 2 anos de beijos na boca).
Meu filho? Um presente divino. Só podia ser!
Mesmo só tendo um ovário, tomado a pílula do dia seguinte, tendo a possibilidade de dar a luz a um filho especial ou com má formação e estando solteira por opção, tentei me fornecer a tranquilidade necessária para encarar a situação com naturalidade e com a força que Deus pareceu me dar como marca registrada.
Após a realização de um exame típico do 4º mês de gestação, a possibilidade de síndrome de down ou má formação foram excluídas. Tirei uma tonelada de preocupações das costas e pude enfim, curtir a gravidez.
Bem verdade que os enjôos se mantiveram até o 5º mês; que engordei 18k e que o enxoval completo também só pôde ser definido tardiamente - no 6º mês, quando descobri que "Luna" era de fato o meu Cauã.
Em contrapartida eu não tive estrias; meu parto e pós-operatório foram maravilhosos; não inchei e meu filho era um bebê tranquilo e sem cólicas.
O pai dele se manteve ao meu lado, como amigo que era. Mas as pessoas não entendiam. O mais difícil de ser solteira e mãe é encarar o preconceito absurdo que ainda existe em pleno século XXI. Felizmente quando engravidei, era independente e tinha a formação necessária para manter um emprego digno que pagava as minhas contas e do meu pequeno e disso ninguém pôde falar. Mas, como gente ruim existe em todo lugar, inventaram mil fofocas a meu respeito. E o pior, gente que me viu crescer e que eu achava que me conhecia o suficiente para saber que eu não cometeria um crime em prol do social ou me casaria, pelo mesmo motivo.
No momento do parto, essas pessoas puderam constatar que eu não havia me relacionado com alguém casado, verde ou com três chifres na testa. Só fiz a escolha de ser mãe e solteira. "Simples" assim.
Meu filho é lindo, inteligente e saudável e eu mantenho uma estrutura que me permite ser mãe, profissional, estudante, tenha amigos e uma vida social. Tudo com o apoio incondicional da minha mãe e uma escola período integral que lhe proprociona educação, disciplina, brincadeiras, amizades e esporte.
Ser mãe e solteira é uma decisão muito pessoal que precisa de maturadide e força para lidar com todas as adversidades mas sem dúvida, a maternidade foi o grande presente que fez mudar a minha forma de olhar a vida e saber que ela tem um significado maior e mais bonito que se chama Cauã.
Que história linda! Uma guerreira, ah! Se todas seguisse teu exemplo. Ser mãe é um dom divino, o belo disto é que foi uma decisão sua.
ResponderExcluirCauã pode ser ( masculino ou feminino ). Que Deus dê muitas saude e felicidade para vocês.
Sou Enfermeiro Técnico (Parteiro) agora aposentado.
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Recife-PE
Decisão difícil, Paty! Mas o importante é ter as próprias convicções, parabéns!!!
ResponderExcluirbeijosss
karamba que historia, vc é uma guerreira viu, parabéns.
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