Há anos atrás, me bati com um ruivo cheio de sardinhas, cantor de banda e amigo de um amigo meu...
Eu estava a passar muito mal no meio de um bar bem underground que fica no beco da boate gay mais famosa de Salvador. Não, o público do bar que eu estava não era gay. Era bem alternativo e eu já não entendia porque fui parar ali, quando estava no banheiro ouvindo uma música que não compreendia, vendo passar um povo esquisito (de forrozeiro a roqueiro) e ouvindo minha
amiga se acabar de rir porque era a 1ª vez que ela me via passar mal daquele jeito. E eu chamava Raul com todas as minhas forças por causa da mistura de UMA long neck com UMA porradinha. Acredite.
Foi nesse cenário de caos, com tudo rodando, maquiagem borrada e extramente enjoada que o ruivo veio se apresentar todo empolgado. Meu Deus, eu só queria a minha cama, mas antes de sair correndo para ela, ele pediu meu telefone. Não dei, claro! Mas dei o msn...rs
Papo vai e papo vem, percebi que ele era inteligente acima da média. Era até chato tentar conversar. Ele sabia falar de absolutamente tudo com propriedade: filosofia, parto de baleia, astrologia, atracação de navio, história, ovo frito, bolsa de valores, criação de bebês, etc. Foi quando resolvi fazer um teste. Como na época, estudava Tanatologia na Pós em Psicologia, resolvi tocar no assunto para conseguir falar algo de novo. Achava que sobre ISSO, ele não teria argumentos. Ledo engano! O menino gamou de vez!!!!!!! Achou que eu era a mulher da sua vida. A mais linda. A mais inteligente. E eu ainda gostava de Roupa Nova (a única banda nacional que ele gostava). Pronto, a idealização da mulher perfeita.
Como a gente não manda no coração e a perfeição não existe, eu não me apaixonei por ele. Não trocamos um só beijo e essa estória não teve "o" final feliz. Mas aprendi que são nas situações mais improváveis que as coisas podem acontecer. Oh, yes!
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Carinho amigo