Este ano, conheci o carnaval Pernambucano. Esperava algo bem diferente de Salvador e estava curtindo a diversidade, o frevo e a irreverência enquanto esperava minha vez na fila do churrasquinho, quando alguém percebe as fitinhas do Bonfim amarradas na minha camisa do camarote:
- Você é Baiana?
- Sou.
- O que está fazendo no carnaval de Pernambuco?
- Vim conhecer.
- Mas está a trabalho, não é?
- Estou, mas estava disposta a conhecer o carnaval daqui este ano, independente disso.
- O que está achando do maior bloco do mundo? (Referindo-se ao Galo da Madrugada)
- ...Legal!
Depois de várias perguntas inconveniente e agressivas, ele continua:
- Não é melhor que o da Bahia? Aqui é democrático!
- Olha, seja educado que estou sendo educada. Eu não preciso maximizar o meu para diminuir o seu. São dois carnavais diferentes, com suas qualidades e defeitos.
Quando percebi que os churrascos estavam queimando, solicitei o meu ao vendedor. Ele não se dá por vencido:
- Olha moço, é melhor você dar o dela, antes que ela faça uma macumba para tú.
O vendedor com toda a simplicidade e inocência, deu a resposta mais inteligente daquele momento de grosserias gratuitas:
- Ela é Baiana, não é macumbeira!
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Carinho amigo